terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Crianças e jovens na internet

Desde muito novos, as crianças e os jovens de hoje aprendem a usar o computador e a acessar a internet. No mundo online, eles conversam com os amigos, jogam, pesquisam, compram, fazem trabalhos escolares e muito mais. Ao mesmo tempo em que é uma aliada, a internet também pode ser um vilão na vida dos filhos. Por isso, é muito importante que os pais fiquem de olho no que seus filhos aprontam na web.
Dados recentes da pesquisa Norton Online Family mostram detalhes da vida secreta dos filhos na internet. Através do estudo, foi possível verificar que 33% das crianças e dos jovens compram pela internet, sendo que 24% deles compram sem o conhecimento dos pais. Os números comprovam que ainda falta um pouco mais de controle dos genitores em relação ao que os filhos fazem no mundo virtual.
 
"Com a ausência dos pais na maior parte do tempo no dia a dia das crianças e dos jovens, a grande companhia é a internet, redes sociais e jogos online. Então, não é de se espantar que este público faça compras sem que seus pais saibam. Mas a ausência dos pais não pode justificar a falta de controle ou de limites sobre as ações dos filhos", adverte Paula Pessoa Carvalho, psicóloga especializada em comportamento infantil, da Estímulo Consultoria.
Além disso, a pesquisa Norton indica que 2% dos pais admitem não saber o que os filhos estão acessando e 12% das crianças acreditam que os pais não sabem o que elas fazem na web. "Os pais devem ter em mente que a internet é um espaço público, assim como a rua em que andamos. Neste espaço, encontramos todos os tipos de pessoas. Porém, diferente das ruas, na web ninguém nos observa e as pessoas se sentem à vontade para ser quem elas quiserem. É aí que mora o perigo", alerta Marcelo Maronezi, especialista em tecnologia de informação e fundador da rede social brasileira Marangoo.
Os pais não são os únicos responsáveis por seus filhos quanto aos cuidados relacionados à internet. A escola tem papel fundamental para os alunos e deve orientá-los sobre os perigos do mundo virtual. "A escola pode colaborar muito com os pais na educação das crianças falando dos riscos que existem na internet e também dos benefícios, orientando-os de forma correta", explica Paula.
Mas, segundo a última pesquisa Norton Online Family, 67% das crianças acreditam receber da escola uma educação insuficiente sobre segurança online. "As crianças de hoje sabem mais do que os professores sobre internet, pois são nativas digitais. Primeiro elas aprendem a mexer no mouse, e só mais tarde aprendem a escrever o nome", observa Bruno Rossini, especialista em Segurança Norton da Symantec.
"Por isso, as escolas devem capacitar os docentes, para que eles possam explicar aos alunos os riscos da web, tais como vírus, spam, entre outros. Assim, as crianças aprendem sem passar por experiências negativas online", alerta Rossini.
Outro dado importante é sobre os professores e as redes sociais. O estudo Norton aponta que 78% dos professores são amigos dos alunos em redes sociais. "Hoje, as pessoas tendem ao isolamento devido ao grande número de tarefas no dia a dia, violência urbana, entre outros fatores. Na sala de aula existe essa tendência ao isolamento, seja por timidez ou superlotação, e muitas vezes o professor não consegue conhecer os alunos de forma mais completa, nem aproximar-se deles. As redes sociais estão aí para ajudar a aproximar professor e aluno", afirma Maronezi.
"Através das redes sociais, os professores conhecem melhor as crianças. Desta forma, os docentes entendem a realidade virtual delas e podem utilizar a ferramenta a favor da educação. Por exemplo, por meio da criação de fóruns de discussões", afirma Rossini.
Além disso, as redes sociais podem trazer outros benefícios. "Elas facilitam o aprimoramento de outras línguas, pois têm uma infinidade de ferramentas e alcança um público que ultrapassa as fronteiras da sala de aula. Muitos professores já buscam dividir e compartilhar conteúdos nas redes sociais e sites", garante Maronezi.
A internet pode trazer benefícios ou problemas, tudo depende da forma que as crianças e os jovens a utilizam. Por isso, é importante os pais controlarem o acesso e uso da internet pelos filhos. "Os pais não devem proibir o acesso à web, é o piorcaminho. É melhor permitir e fazer parte. Eles podem ser amigos da criança nas redes sociais, é uma forma de vigiar sem oprimir", ensina Rossini. "Além disso, os pais precisam ensinar as crianças a não conversar com estranhos mesmo virtualmente. O risco da pedofilia diminuiu no Brasil, mas ainda existe", lembra.
Para observar o que os filhos fazem na internet, o especialista recomenda a utilização controles parentais, ferramentas que controlam o tempo da criança na web e impedem o acesso a alguns sites. "Além disso, confira o histórico de navegação. Assim, os pais também conseguem saber quais sites seu filho tem acessado", orienta Rossini.
A pesquisa Norton mais recente indica ainda que 13% das crianças admitiram acessar sites adultos e conteúdos impróprios quando os genitores não estão por perto. "Os filhos driblam os cuidados dos pais e acessam a internet pelo celular ou na casa de amigos. Mas se a criança for esclarecida e mantém um diálogo aberto com os pais, evita este tipo de situação", explica Rossini.
Para as redes sociais, há também os cuidados específicos. "Os pais devem monitorar os filhos, saber quem são seus amigos virtuais. E quando aparecer algum novo amigo, saber de onde é e qual a idade. A grande polêmica da atualidade é a pedofilia, então a função de cada pai é rastrear e monitorar as atividades virtuais das crianças. O diálogo intenso sobre os riscos e benefícios do uso da internet deve ser rotineiro nos lares da atualidade", avisa Maronezi.
"Quando há diálogo e respeito, dificilmente os filhos farão algo que seus pais desaprovaram ou que coloque sua confiança a prova", afirma Paula. "Por serem muito ocupados, os pais querem ser amigos dos filhos, mas não sabem impor limite. Porém, é sempre importante lembrar que o jovem ou a criança precisa aprender a se desenvolver para ser um ser social. E para viver bem em sociedade, limites e respeito são indispensáveis", alerta a psicóloga.
Fonte BBel

Brigas entre os pais e suas consequências para a criança

"Brigas entre o casal, entretanto, são sempre nocivas aos filhos, na presença deles ou não. As crianças têm sensores de alta precisão, pois sabem "ler" a mente dos seus pais. As palavras, os gestos e o tom de voz podem sinalizar a hostilidade. As brigas sempre acarretam um nível de estresse elevado que afeta a criança, gerando sofrimento e medo. Quando as brigas são constantes, esse estresse se transforma em um estresse crônico e pode trazer sintomas e doença à criança"
As relações interpessoais são sempre relações delicadas. O ser humano necessita do outro para se desenvolver e todo o seu comportamento é modelado pelas trocas afetivas e intelectivas, que ele aprende a fazer ao longo da vida. Em função de um sofisticado mecanismo do cérebro, chamado sistema de neurônios espelho, desde o inicio da vida, pode-se ter a representação na mente do gesto, da mímica do outro e assim ajustar a própria conduta em função do que se supõe que acontece na mente do outro. O nosso cérebro é uma máquina de ler mentes.
Quanto mais próximas são as relações entre as pessoas, mais delicadas também são, pois um maior envolvimento afetivo, necessariamente, estará em jogo. É na família que se tem o aprendizado das relações amorosas, assim como também é na família, que se tem o aprendizado de relações hostis.
Na família, uma relação conjugal viva favorece muito o desenvolvimento dos papéis de mãe e de pai. Ver os pais de mãos dadas é tranquilizador e mesmo apaziguador para quaisquer fantasias de perda da criança. É evidente que os filhos apreciem muito ver os pais em harmonia.
É preciso deixar claro, porém, que discutir não é brigar, pois antes e depois de se constituírem como casal, existem duas pessoas com suas próprias identidades, o que significa: interesses, desejos e motivações que podem ser diversas. Para se constituírem como casal, afinidades são importantíssimas, mas as diferenças também são atraentes e podem trazer ganhos consideráveis ao relacionamento.
As diferenças, entretanto, trazem discussões muitas vezes. Discussões e brigas são fatos bem diferentes. As discussões podem ser saudáveis. Debates entre o casal de pais pode ser até interessante para que o filho perceba que existem pontos de vista diferentes sobre os mesmo temas e que consensos podem ser atingidos. O filho pode aprender com o comportamento dos pais a ser flexível, pode verificar que o ceder e aceitar o ponto de vista do outro é também legítimo.
As brigas entre o casal, entretanto, são sempre nocivas aos filhos, na presença deles ou não. As crianças têm sensores de alta precisão, pois sabem "ler" a mente dos seus pais. As palavras, os gestos e o tom de voz podem sinalizar a hostilidade. As brigas sempre acarretam um nível de estresse elevado que afeta a criança, gerando sofrimento e medo. Quando as brigas são constantes, esse estresse se transforma em um estresse crônico e pode trazer sintomas e doença à criança.
As brigas entre o casal trazem, com frequência, a desqualificação das pessoas. As pessoas que exercem os papéis parentais ficam denegridas, desvalorizadas e são elas que constituem os modelos de identidade para o filho. Na infância, é importantíssimo que as figuras parentais sejam valorizadas e mesmo idealizadas, para que a criança se sinta segura, protegida e internalize princípios, normas e valores de conduta. Da mesma maneira, o casal constitui o modelo de par para as futuras relações do filho.
Hoje a criança convive com muitos amigos que são filhos de pais separados e, frente à briga de seus pais, imediatamente antecipa a possibilidade deles se separarem e sofre pelas fantasias antecipatórias catastróficas, que passam a povoar sua cabecinha. Brigas constantes entre os pais mostram que o casamento está indo mal e nenhuma criança consegue viver ilesa, do ponto de vista psicológico, no velório de uma conjugalidade, que não mais existe mais entre os pais.
A vivência de relações de hostilidade na família leva à insegurança, ao medo e, o que é muito perigoso, ao enfraquecimento dos comportamentos éticos, isto é, ao enfraquecimento do respeito e do amor ao outro e à vida. A ética depende de processos de consciência, que precisam ser instalados primordialmente na família.

Agressividade ou falta de limites?

Onde começa uma e onde termina a outra?
Quem sabe?
É difícil de se precisar...
Mas podemos buscar um significado para este comportamento (obviamente, após descartado algum problema médico), se o entendermos, não como uma doença, mas sim como uma reação de saúde a um ambiente em desequilíbrio, quer seja este conflituoso, ou carente de limites.
Parece complicado, não? Mas, calma aí, já vamos explicar.
Primeiro, imagine uma criança que viva num ambiente conflituoso, em que os pais não se entendem. Ou estão sempre tão ocupados, que a família não consegue se reunir. Ou se já se separaram, mas continuam brigando. Ou ainda, numa casa que até parece a "casa da mãe Joana", e os pais não conseguem exercer seu papel de donos da casa, todos se intrometem, dando palpites, e a criança fica sem saber o que é certo, o que é errado, ou a quem obedecer.
Difícil imaginar? Viver, então, hein!
Agora, volte no tempo e imagine o nascimento dessa mesma criança na sua família. Você há de concordar que, independente do clima ou das condições para sua chegada, os olhares voltam-se todos para ela, certo?
À medida que ela vai crescendo, todas as vezes que ela chora: atenção para ela! Todas as vezes que ela cai ou se machuca: atenção para ela! E as gracinhas? Ah, encanta a todos, não é verdade?
Não podemos negar. Esta "escola" dá, à criança, um aprendizado e tanto. Ela se torna "mestre em ser o centro das atenções"! E esta bagagem vai se transformando, gradualmente, num recurso disponível para ela utilizar nas novas situações de vida que forem surgindo.
Na verdade, apesar de um vocabulário restrito e ainda em expansão, a criança tem uma sensibilidade aguçada e uma grande capacidade de percepção do que está se passando ao seu redor. Preocupa-se e, acredite , tenta buscar soluções: à sua maneira, de acordo com seu nível de maturidade e da bagagem que traz das experiências relacionais adquiridas anteriormente.
Enfim, o que nós acreditamos e que afirmamos agora para vocês, é que a reação de agressão e da falta de limites, nos diferentes graus em que se apresenta, torna-se um pedido de socorro da criança aos seus pais. Porque, ao chamar atenção para o seu comportamento, ela faz com que, pelo menos naquele momento, os outros problemas que estão acontecendo sejam esquecidos, ou deixados de lado. Não é assim que acontece na maioria das vezes?
Portanto, você pai e você mãe, vamos lá, fujam dos rótulos. Tirem os óculos que os fazem enxergar sua criança com preocupação ou mesmo irritação, e apropriem-se de um novo olhar: um olhar de "com-paixão". Procurem decifrar o que ela está tentando dizer, indiretamente, com seu comportamento agressivo ou sem limites. Nenhuma criança faz nada à toa, há sempre um "para que" por trás das situações nas quais ela chama as atenções para si. Conversem! Reflitam sobre estas e outras questões pertinentes ao ambiente em que sua família está vivendo. Às vezes, até a situação da chegada de um irmãozinho, faz com que ela apenas esteja pedindo para ser vista, cuidada e incluída. E, se estiver difícil para vocês, procurem a ajuda de um profissional da área; nada melhor do que ser ajudado para sair de uma situação de sofrimento. O sofrimento é desnecessário, e não precisamos ficar agarrados a ele, ou sermos arrastados por ele.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Como castigar o seu filho quando já não é uma criança?

Estabelecer limites e fazer com que os seus filhos os cumpram é fundamental na hora de educá-los. Tudo isto é crucial nas idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos, porque sem regras não vai conseguir fazer com que as crianças obedeçam. Seja firme e coerente, verá que não é uma tarefa impossível. Apenas requer tempo e muita paciência.
O mau comportamento generalizado das crianças nos últimos tempos fez com que toda a sociedade (pais, professores, governos) pergunta-se se a educação que damos aos nossos filhos é ou não a mais adequada. Para alguns os castigos são ineficazes, já que muitas crianças têm uma inclinação tal que não se pode fazer nada para evitar os seus comportamentos. Desta forma, a decisão não será fácil: Educar uma criança implica castigá-la alguma vez? Os castigos são inevitáveis? Pode-se castigar bem ou castigar mal?

Todos os pais, mais cedo ou mais tarde, recorrem ao castigo como ferramenta para modificarem ou modelarem a conduta dos filhos. Por isso, é imprescindível saber como fazê-lo. A primeira coisa a ser feita é estabelecer, claramente, o que é e o que não é um castigo. Os castigos podem ser de dois tipos:
- A aplicação de algo negativo e desagradável para a criança (ficar fechada no quarto, não sair da cadeira onde está sentada, etc.)
- Ou a retirada de algo positivo e agradável (não ver o seu programa favorito, guardar algum jogo do seu filho, etc.).
No entanto, em nenhum destes casos deve humilhar a criança ou fazer ver que a autoridade dos pais está acima de tudo.
Para que um castigo resulte, há que seguir uma série de regras:
  1. Devemos ter um objectivo. É frequente ouvir os pais dizerem “Porta-te bem!”, “Não faças isso!”, etc. Estas expressões têm diferentes significados para cada pessoa. As crianças entendem melhor se lhes explicarem as regras de uma forma mais concreta. Um limite bem especificado diz ao seu filho exactamente aquilo que deve fazer, como por exemplo “Não pegues no teu irmão!”, “Dá comer ao cão já!”.
  2. Ofereça opções. Em muitos casos pode dar ao seu filho uma oportunidade limitada de decidir como cumprir as suas “ordens”. A liberdade de oportunidade faz com que as crianças sintam uma sensação de poder e controle, reduzindo assim as resistências. Por exemplo: “Está na hora de fazer os trabalhos de casa! Começas pelos de matemática ou de história?”. Esta é uma forma mais fácil e rápida de dizer a uma criança exactamente aquilo que tem de fazer.
  3. Seja firme. Em questões realmente importantes, quando existe uma resistência à obediência, deve aplicar o limite com firmeza. Um limite firme diz a uma criança que deve parar com este tipo de comportamentos e que deve obedecer imediatamente. Os limites firmes são melhor aplicados com uma voz segura, sem gritos e olhando a criança nos olhos. Os limites suaves supõem que a criança tem a opção de obedecer ou não.
  4. Mantenha uma margem. Quando dizemos “Quero que te vás deitar agora mesmo!”, estamos a gerar uma luta de poder pessoal com os nossos filhos. Uma boa estratégia é fazer ver uma regra de uma forma impessoal. Por exemplo: “São 22hora. Hora de ires dormir”. Neste caso, alguns conflitos e sentimentos estarão entre a criança e o relógio.
  5. Explique-lhe porquê. Quando uma pessoa entende o motivo de uma regra como uma forma de prevenir situações para si mesmo e para os outros, vai sentir-se mais interessada em obedecer-lhe. Deste modo, o melhor quando se aplica um limite é explicar à criança porque é que tem de obedecer. Isto ajuda as crianças a desenvolverem a própria consciência.
  6. Seja consistente. Uma rotina flexível (deitar-se um dia às 20h, no outro dia meia horas mais tarde e depois às 21h) convida a uma resistência e torna-se mais impossível de cumprir. Rotinas e regras importantes na família devem ser efectivas todos os dias, mesmo que você esteja cansada ou indisposta.
  7. Desaprove o comportamento e não a criança. É necessário que deixe claro perante o seu filho que a sua desaprovação está relacionada com o seu comportamento e não directamente com a criança.
  8. Controle as emoções. Vários investigadores afirmam que quando os pais estão muito chateados castigam mais seriamente e são mais propensos a serem mais agressivos verbalmente. Há vezes em que necessitamos contar até dez antes de falarmos.
  9. Aplique um castigo combinado com técnicas positivas. Quando escolhe um castigo, assegure-se que proporciona também uma disciplina positiva ao seu filho. O castigo não ensina uma criança a portar-se bem. Deve definir, ensinar e recompensar as condutas positivas que se querem estabelecer perante a criança.
  10. Esteja de acordo. Deve existir um consenso entre os pais, os critérios e os limites disciplinares a aplicar em casa, sobretudo, no que diz respeito aos castigos.
Um truque para cada idade
- Dos 6 aos 8 anos: A ”pausa obrigada” e enunciar as consequências de uma má conduta são técnicas disciplinares eficazes para este grupo de idade. De novo, a consistência e a coerência são cruciais. Cumpra a sua palavra na hora da disciplina, senão, perderá toda a sua autoridade. O seu filho deve saber que sempre faz o que você diz. Isto não significa que não possa conceder-lhe uma segunda oportunidade ou perdoar-lhe algum comportamento menos desejável.

Deve evitar castigos desmesurados. Se, por exemplo, castiga o seu filho com o facto de durante um mês não sair para brincar na rua, o mais provável é que a criança não se sinta motivada a portar-se melhor porque vai acreditar que já está tudo perdido.
Dos 9 aos 12 anos: À medida que vão amadurecendo e que reclamam mais independência, você deve ensinar ao seu filho que assumir as consequências dos seus comportamentos constitui um método eficaz e apropriado. Por exemplo, se o seu filho, de onze anos, vai dormir sem fazer os trabalhos de casa, deve proibir a criança de deitar-se antes de fazê-los? Provavelmente não, já que estaria a desperdiçar uma valiosa oportunidade para ensinar-lhe algo sobre a vida: “Se não acabas os deveres, vais para a escola sem fazê-los e, dessa forma, terás uma má nota”.


Por vezes, é bom deixar a criança errar um pouco (coisas que não se tornem graves, claro!). Isto porque com os próprios erros o seu filho aprenderá as regras muito melhor. No entanto, se a criança continua sem aprender as consequências naturais de errar, estabeleça as suas próprias consequências para ajudar a criança a modificar o seu comport
amento.

10 dicas para castigar os filhos de forma correta e EDUCATIVA!

Os castigos para funcionarem positivamente como uma estratégia educativa devem ser rápidos, imediatos, verbalizados e aplicados sem raiva…  E para nos auxiliar a aplicar o castigo da forma CORRETA e EDUCATIVA, listei as 10 principais dicas de acordo com as minhas buscas sobre esse tema!




1) Explique os motivos do castigo
Os filhos precisam entender o motivo do castigo e não acharem que estão sendo punidos por autoritarismo ou irritação dos adultos. Os filhos precisam entender que o castigo é consequência de algo que eles mesmos praticaram e que os pais não têm prazer em castigar. A criança precisa entender o que motivou a perda para poder pensar em uma estratégia para evitar que aquele mau comportamento seja repetido.

2) Preste atenção nas suas palavras
Fale sempre com objetivo e rigidez, olhando para a criança e fazendo com que entenda que você está chateada com a tal atitude e não propriamente com ela. Portanto, lá vai uma dica: nunca diga “Como você é feio”, e sim, “Que coisa feia você fez”.

3) Não bater JAMAIS
As famosas “palmadinhas” não são bem-vindas na educação da criança. A agressão provoca raiva e medo. E é justamente o medo da agressão que fará a criança não repetir a atitude errada e não por que ela compreendeu as razões da punição.

4) O castigo deve ser imediato
A criança pequena deve ser repreendida logo em seguida ao mau comportamento. Mas tome cuidado com essa dica, pois o castigo não deve ser aplicado na presença de outras pessoas, uma vez que a existência de público o tornaria mais humilhante.

5) Não aplique o castigo na hora da raiva
Tenha sempre calma, não grite. As crianças se acostumam com os gritos e isso não mais as assustarão.

6) Seja firme
Cuidado para não se “desmanchar” com choros e chantagens depois da decisão tomada: não volte atrás, a criança poderá usar essa arma para se livrar dos castigos sempre.

7) Castigos justos
Não exceda os limites do que é razoável. Pense se realmente é necessário um castigo naquele momento para que este não se torne algo banal e perca a credibilidade. O castigo deve ser ainda proporcional ao ato cometido e não ao estado de humor do adulto naquele momento.

8) Os castigos de longa duração de tempo não funcionam
É preferível deixar a criança sentada por 5, 8 ou 10 minutos do que por uma hora, pois logo após 10 a 20 minutos a criança, como ser lúdico que é, começa a se distrair com seus pés, suas pernas, seus cabelos e até esquece que está de castigo.

9) Aplique o tempo correto no castigo
Recomenda-se calcular o tempo do castigo da seguinte forma: um minuto de castigo por ano de vida da criança ou adolescente. Não se esqueça que as noções de tempo do adulto são diferentes das percepções da criança. Para uma criança, 60 minutos podem ter a sensação de duração de 5 ou 6 horas. Em relação ao tempo, os adolescentes também possuem uma percepção temporal diferente da dos adultos: eles começam a se distrair com seus pensamentos e se esquecem do castigo.

10) Cuidado com as ameaças
Jamais ameaçar e não cumprir, portanto cuidado com o que anunciar que será feito.

10 dicas para castigar os filhos de forma correta e EDUCATIVA!

Os castigos para funcionarem positivamente como uma estratégia educativa devem ser rápidos, imediatos, verbalizados e aplicados sem raiva…  E para nos auxiliar a aplicar o castigo da forma CORRETA e EDUCATIVA, listei as 10 principais dicas de acordo com as minhas buscas sobre esse tema!




1) Explique os motivos do castigo
Os filhos precisam entender o motivo do castigo e não acharem que estão sendo punidos por autoritarismo ou irritação dos adultos. Os filhos precisam entender que o castigo é consequência de algo que eles mesmos praticaram e que os pais não têm prazer em castigar. A criança precisa entender o que motivou a perda para poder pensar em uma estratégia para evitar que aquele mau comportamento seja repetido.

2) Preste atenção nas suas palavras
Fale sempre com objetivo e rigidez, olhando para a criança e fazendo com que entenda que você está chateada com a tal atitude e não propriamente com ela. Portanto, lá vai uma dica: nunca diga “Como você é feio”, e sim, “Que coisa feia você fez”.

3) Não bater JAMAIS
As famosas “palmadinhas” não são bem-vindas na educação da criança. A agressão provoca raiva e medo. E é justamente o medo da agressão que fará a criança não repetir a atitude errada e não por que ela compreendeu as razões da punição.

4) O castigo deve ser imediato
A criança pequena deve ser repreendida logo em seguida ao mau comportamento. Mas tome cuidado com essa dica, pois o castigo não deve ser aplicado na presença de outras pessoas, uma vez que a existência de público o tornaria mais humilhante.

5) Não aplique o castigo na hora da raiva
Tenha sempre calma, não grite. As crianças se acostumam com os gritos e isso não mais as assustarão.

6) Seja firme
Cuidado para não se “desmanchar” com choros e chantagens depois da decisão tomada: não volte atrás, a criança poderá usar essa arma para se livrar dos castigos sempre.

7) Castigos justos
Não exceda os limites do que é razoável. Pense se realmente é necessário um castigo naquele momento para que este não se torne algo banal e perca a credibilidade. O castigo deve ser ainda proporcional ao ato cometido e não ao estado de humor do adulto naquele momento.

8) Os castigos de longa duração de tempo não funcionam
É preferível deixar a criança sentada por 5, 8 ou 10 minutos do que por uma hora, pois logo após 10 a 20 minutos a criança, como ser lúdico que é, começa a se distrair com seus pés, suas pernas, seus cabelos e até esquece que está de castigo.

9) Aplique o tempo correto no castigo
Recomenda-se calcular o tempo do castigo da seguinte forma: um minuto de castigo por ano de vida da criança ou adolescente. Não se esqueça que as noções de tempo do adulto são diferentes das percepções da criança. Para uma criança, 60 minutos podem ter a sensação de duração de 5 ou 6 horas. Em relação ao tempo, os adolescentes também possuem uma percepção temporal diferente da dos adultos: eles começam a se distrair com seus pensamentos e se esquecem do castigo.

10) Cuidado com as ameaças
Jamais ameaçar e não cumprir, portanto cuidado com o que anunciar que será feito.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Adolescentes e consumo de drogas

Durante sua adolescência os jovens são propensos a entrar em contacto com o álcool e outras drogas, e vão fazer as suas próprias opções sobre como responder a esses desafios. Compreensivelmente, este é um motivo de preocupação para muitos pais.
De acordo com o último relatório do IDT sobre consumos de álcool e droga por jovens [veraqui], a partir de inquéritos realizados a alunos do 3.º ciclo e do secundário, o consumo de substâncias ilícitas em 2011 aumentou relativamente a anos anteriores. A cannabis (haxixe) foi a substância mais utilizada. 29% dos alunos inquiridos relataram que, pelo menos uma vez na sua vida, consumiram droga.
Adolescência: um momento desafiador
A adolescência é um período em que a criança está a desenvolver a sua própria identidade, onde a experimentação e o aumento do risco são comuns. Esta etapa pode ser um momento desafiador para os pais, bem como crianças e jovens.
Como os adolescentes aprendem sobre drogas?
Os jovens aprendem sobre drogas com uma série de fontes, como os seus amigos, família, meios de comunicação e na escola. A maioria das escolas trata o tema das drogas como parte do currículo escolar, com o foco sobre o tabaco, álcool e drogas.
Muitos jovens, porém, ainda preferem os seus pais para serem a sua principal fonte de informação. Os pais têm uma forte influência sobre os seus filhos, e se falarem aberta e honestamente sobre drogas é um passo que os pais podem tomar para influenciar a atitude dos seus filhos quanto às drogas. Esteja ciente de que o seu modo de vida e a maneira como, eventualmente, usa determinadas substâncias, tais como remédios, cigarros e álcool, também pode ter influência sobre as decisões que os seus filhos fazem sobre o seus próprios comportamentos e consumos de drogas.
Mantenha-se informado
Conversar com os adolescentes sobre a cannabis e outras drogas é um passo positivo para prevenir ou gerir problemas. Se eles acham que podem falar com você sobre assuntos sensíveis, você pode ter certeza que eles estão recebendo informações confiáveis. Primeiro, verifique se você está bem informado. As coisas mudaram ao longo dos anos, por isso mesmo os pais que tiveram suas próprias experiências com vários tipos de consumo precisam de verificar os factos.
Fale com o seu filho
Um dos primeiros passos para uma comunicação eficaz com seu filho sobre drogas é ter em mente que a comunicação é um processo de duas vias. Tente mostrar ao seu filho que está interessado no que ele tem a dizer e está disposto a ouvir. Oiça atentamente o que eles dizem. Ao falar sobre o consumo de drogas, os pais podem cair na armadilha de dizer aos seus filhos o que eles deveriam fazer. Use a palavra "eu", em vez de "você" ou "tu". Por exemplo, dizer "Eu estou realmente preocupado com ...", em vez de "Você deve ..." ou "Tu deves ...". Tente usar questões abertas em vez de perguntas que podem ser respondidas com um sim ou não.
Estabelecer limites e fronteiras
Estabelecer limites e fronteiras é útil para firmar alguns acordos sobre o comportamento em relação ao álcool e outras drogas. Crie regras, diretrizes e disciplina consistentes e justas. As crianças preferem agir dentro de regras estabelecidas e fazer bem quando estes são claras. É evidente que as regras terão de mudar quando o seu filho ficar mais velho. Como as crianças entram na fase da adolescência é bom envolvê-las na definição de regras e diretrizes. Elas, então, ficam mais propensas a assumi-las.
E sobre a pressão dos colegas?
A adolescência é uma época de enorme mudança para os jovens. Eles podem-se tornar muito inseguros de si próprios e são mais propensos a fazer coisas para tentar agradar ou impressionar os seus amigos. Este é um momento vulnerável para o seu filho. Você precisa ser solidário e preparar a criança para lidar com a pressão dos colegas. Uma maneira de iniciar discussões sobre drogas ilegais pode ser a dramatização de cenários que podem ocorrer e dar aos seus filhos exemplos do que eles podem dizer ou fazer.
Conversar com o adolescente sobre a pressão dos colegas também é benéfico. Deixe-os saber que você se lembra o quão difícil pode ser a sua idade e que entende a sua necessidade de se adaptarem e serem aceites pelos outros. Ajude-os a perceber que um amigo que os pressione a fazer algo que pode ser prejudicial, não é uma atitude muito de um amigo. Incentive o seu filho a não deixar que os outros o manipulem ou tomem decisões por eles.
Pode também ajudar o seu filho a lidar com a pressão dos colegas se conhecer os amigos dele, de modo a que você saiba sempre com quem estão e para onde estão indo. Faça um esforço para conhecer os pais dos amigos do seu filho. Isso mantém uma comunicação aberta e pode ser um grande apoio caso você venha a enfrentar situações difíceis.
Como posso saber se o meu filho está a usar drogas?
Não há sinais específicos físicos ou mudanças de personalidade que possam indicar com certeza que alguém está a usar drogas. Um comportamento que não é característico de uma pessoa pode indicar o uso de drogas, mas também pode indicar um problema que não é relacionado com drogas.
Os sinais que não são características de uma pessoa, que podem exigir sua atenção, independentemente se está envolvido no consumo de drogas, incluem:
  • alterações de humor, explosões repentinas;
  • ficar fora até tarde ou não voltar para casa;
  • ausências frequentes de trabalho ou na escola ou se verificar declínio no desempenho no trabalho ou na escola;
  • necessidade inexplicável de dinheiro, ou dinheiro e objetos de valor desaparecendo;
  • diminuição da frequência de atividades extracurriculares, menor interação com a família;
  • mudança súbita ou percetível em amigos;
  • cansaço ou mudanças nos padrões de sono;
  • alterações nos padrões alimentares;
  • perturbações da memória e falta de concentração;
  • olhos vidrados ou com sangue;
  • letargia e perda de motivação;
  • deterioração da aparência física e da higiene pessoal.
O que fazer se seu filho está a consumir drogas
Se suspeitar ou está preocupado que o seu filho possa estar a consumir drogas, fale com ele para descobrir qual é o problema. Eles podem não querer falar sobre isso imediatamente, mas eles são mais propensos a falar consigo se eles saberem que os vai ouvir.
Fazer buscas no quarto do seu filho poderá fazer mais mal do que bem. O seu filho vai saber que não confia nele, e, como consequência, a confiança dele em si pode ser prejudicada. Ameaçá-los pode apenas levá-los a distanciarem-se e deixarem de falar consigo. Discuta com ele o que ele considera serem os benefícios e as consequências do uso de drogas. Esta pode ser uma oportunidade para dar-lhe novas informações sobre os riscos do consumo de drogas. O seu filho é a melhor fonte de informações sobre o que está a acontecer com eles. Demonstre-lhe que quer entender e que se importa.
Se suspeita que o seu filho está a enfrentar problemas com álcool ou outras drogas, deve conversar com o seu médico ou serviço local de intervenção do IDT, e ver o que pode ser feito e como obter ajuda.

Dicas práticas para lidar com a birra do bebê

Conforme o bebê cresce, fica mais difícil distraí-lo para que ele não entre em crise. E se sua vontade não é satisfeita, parece que você tem um touro bravo em casa. Há horas em que realmente você gostaria de se trancar no banheiro, para não ouvir tanta choradeira. Então, deixo aqui algumas dicas para que você sobreviva às crises de birra, ou tente evitar as próximas!
1) Avise com antecedência sobre o que acontecerá a seguir. Mudanças na rotina podem ser muito mal vistas pelo seu bebê. É você quem sempre dá o almoço para ele, mas hoje você terá que sair e deixar a função com a vovó? Já avise desde o momento em que seu filho acordar sobre a mudança de planos. Já está perto da hora de ir embora da festinha? Faça uma contagem regressiva: “filho, em 10 minutos nós iremos embora”, “filho, só mais 5 minutos e iremos para casa”, “filho, só mais um minuto nesse brinquedo, pois temos que ir para casa”. Isso não garante que ele não chorará na hora de deixar a festa, mas aumenta as chances de que a ida ocorra sem grandes transtornos.

2) Evite a crise, pois lidar com ela instalada é bem mais difícil. Evite atrasar os horários de soneca e alimentação, pois bebê cansado ou com fome é sinônimo de bebê birrento.

3) Abrace seu filho. No meio da crise, quando seu filho está chorando sem parar, é difícil que escute o que você está dizendo. Para que ele comece a ouvir, abrace-o firmemente. E fique assim por alguns instantes. Apenas com a sua presença, pode ser que ele se acalme a ponto de conseguir manter um diálogo.

4) Avalie a necessidade do castigo. Já consegui evitar algumas crises apenas dizendo para minha filha que se ela começasse, iria para o “cantinho do castigo” (e ela sabe que quando eu falo, eu cumpro). No começo eles não entendem o conceito de “ficar de castigo”, mas depois de algumas vezes sabem muito bem que é chato ficar sem brincar, quietinho num canto até que mamãe libere a saída. Para muitas crianças, o pior castigo é retirar do filhote um brinquedo de que ele goste muito, ou privá-lo de algum passeio. E não amoleça, se não quiser ter uma crise de birra ainda maior da próxima vez.

5) Filme seu filho durante a crise (método pouco ortodoxo, mas com resultados bem interessantes). Logo que Catarina nasceu, uma amiga me contou de sua tática para acabar com a birra do filho: mostrar para ele a gravação de seu comportamento durante a crise. Nessa semana fizemos o mesmo aqui em casa: filmei a crise e depois mostrei para a pimentinha. Vocês precisam ver com que expressão de surpresa ela assistiu à gravação! E no dia seguinte, quando a situação que causou a crise iria se repetir, ela parou antes do colapso, apenas pela referência ao filme. Faça a experiência!!!!


Sobre o cantinho do castigo, broncas e afins

Eu realmente gostaria de poder dizer que minha filha é um anjo, que nunca aprontou escândalo, que jamais desobedeceu uma ordem minha. Mas não posso. Não, essa definitivamente não é minha Catarina. E no fundo, eu sei o porquê. Não, eu não me acho uma mãe descuidada, ou permissiva, que deixa a filha fazer o que bem entende e que não tem a menor intenção de educá-la. Muito pelo contrário, eu sempre me preocupei (e muito!) em ser um exemplo de educação, de bom convívio, de respeito ao próximo; e de incentivar que ela tivesse as mesmas ações. O que eu sinceramente acho é que quando você dá espaço, autonomia de pensamento a uma criança, quando pergunta sua opinião e decide ouvi-la (claro, dentro do que você acha adequado compartilhar com ela e respeitando seu limite de entendimento), aquela pessoinha resolve te testar e discutir a sua razão. Mais ou menos o que acontece conosco em outra situação: quando você tem um chefe ranzinza, fechado, duro, você entende que o melhor que você pode fazer é ficar com a boca fechada. Mas se o seu superior é aberto, te escuta, você se sente à vontade para realmente dizer o que pensa, e até, eventualmente, questionar uma ordem dada com a qual você não concorda. Não é assim que funciona?
Pois bem, eu quero ser aquela ´”chefe” que dá abertura. Quero que minha filha sinta que pode expor suas ideias, quero que ela aprenda a decidir (coisa que eu só aprendi depois de ser adulta! Porque por muitos e muitos anos eu me sentia mais confortável se alguém escolhesse por mim!), quero que ela sinta que sua vontade é importante e que muitas vezes será levada em consideração. Por outro lado, quero que ela entenda também que ela não pode tudo, e que seu espaço termina quando começa o do outro. E esse equilíbrio, minhas caras, é difícil de se conseguir – pra caramba!!!
Aqui em casa, continuamos nos “terrible two”, bem vividos! Sabe qual é a sensação que dá quando eu ouço uma mãe dizer que passou por essa fase sem saber o que é birra, choro, malcriação? Desânimo! Ah, e claro, uma pontadinha de culpa, por achar que sou eu a grande responsável pelo “gênio” da pequena. E então, o que fazer? Obviamente os “tapinhas” estavam fora de cogitação (como ensinar uma criança que não pode bater se você mesma bate? É mais um menos como dizer: faça o que eu falo, não faça o que eu faço!). Aí de quem eu me lembrei? Supernanny, lógico! Quem já assistiu sabe: você começa o programa achando que finalmente ela vai falhar na tentativa de deixar aquela família menos caótica. Você tem certeza de que a criança que ela colocou no cantinho do castigo não vai ficar ali (mas ela fica!). No final, as coisas acabam melhorando. E você pensa: por que não tentar então a técnica?
Então você tenta. E miraculosamente, sua filha fica ali, gritando, mas não levanta do local. “Será que está funcionando?”, você se pergunta. Mas a resposta não é óbvia. O que você sabe é que pelo menos você tomou uma atitude para mostrar ao filhote que o que ele fez não foi bom. Há muita gente hoje em dia que não concorda com o tal do cantinho do castigo, dizendo que você não pode dizer ao seu filho: “Fique aqui para pensar no que você fez” (como se pensar fosse uma coisa ruim, atrelada ao castigo). E justamente por isso eu mudei meu discurso e digo: “fique aqui para se acalmar, e então nós conversamos sobre o que você fez, que não foi legal”. Eu não sei quanto a vocês, mas mas para mim o cantinho tem sido positivo – nem que seja para que ela se acalme (e eu também!!! Quem já presenciou uma crise de birra sabe muito bem como isso pode ser irritante!); nem que seja para que ela entenda que cada ação tem uma consequência (e que sim, desobedecer a mamãe ou jogar um brinquedo no chão fará com que ela deixe de se divertir com o que está brincando, para ficar na cadeira, chatinha, sem nada o que fazer).
Mas só o cantinho do castigo, funciona? Óbvio que não! O mais importante, depois de todos mais calmos, é conversar sobre o ocorrido. Sem isso o máximo que se consegue é criar um bando de robozinhos, que mal conseguem compreender onde erraram – apenas que não devem repetir o que fizeram.
E para você, como essa questão da birra funciona? Há um cantinho do castigo na sua casa? Ou você tem alguma outra tática milagrosa para lidar com os pequenos de dois anos? Então me conta!!!
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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Como devem atuar os pais segundo o temperamento das crianças

É difícil saber exatamente o que é o comportamento infantil “normal”, ou temperamento “anormal”. Igualmente aos adultos, existe uma grande variedade do que se considera conduta “normal” nos bebês. Os bebês têm necessidades, demandas e comportamentos que podem ser muito diferentes uns dos outros.
Devido a existência de tanta variedade no comportamento infantil, muitos pais necessitam acalmar-se e saber que o comportamento do seu bebê é considerado *normal”.
Comportamento infantil
Existem três amplas categorias de temperamento infantil que são usadas como guias para determinar o comportamento infantil“normal”. Os bebês que estão em quaisquer destas categorias são considerados “normais”. Com efeito, alguns bebês mostram características de mais de uma categoria. Isto também é perfeitamente normal.
Recorde que as categorias seguintes são nada mais que uma base. Nem todos os bebês cabem perfeitamente em uma ou outra categoria. Os pais não devem se preocupar que suas crianças demonstrem características de uma ou mais categorias. Os bebês são indivíduos únicos, e estas variações são normais também. As três categorias de temperamento infantil são: agradável, reservado e difícil.

Temperamento Agradável

A maioria dos bebês é de temperamento agradável, e estão regularmente de bom humor. Adaptam-se facilmente e rapidamente a situações novas e a mudanças de rotina. Os bebês nesta categoria têm um horário regular para comer. Quando sentem fome, ou algo os incomoda, reagem em geral de forma amena. Quando estão inquietos, geralmente encontram formas de acalmar-se e consolar-se sozinhos. Este bebês têm geralmente um bom caráter.

Conselhos para pais de bebês com temperamento agradável

O trato com os bebês de bom caráter é geralmente fácil. É também uma experiência muito gratificante. Alguns bebês exigem tão pouco, que os pais pensam que seu bebê não precisam deles. Por esta razão, alguns pais passam menos tempo estimulando seus bebês e comunicando-se com eles. Os pais que têm bebês de temperamento fácil, devem ter em mente que seus bebês necessitam muito tempo e atenção, ainda quando não sejam muito exigentes.

Temperamento Reservado

Os bebês de temperamento reservado, são geralmente tímidos. Esses bebês requerem mais tempo que outros bebês para adaptar-se à gente estranha e a novas experiências. Os bebês reservados podem inclusive rejeitar ou afastar-se de algo ou alguém novo. Eles levam a vida com precaução. Em lugar de serem fisicamente ativos, os bebês reservados são mais propícios a observar cuidadosamente o que acontece ao seu redor. Os bebês com esse caráter podem agitar-se com mais frequência. Quando isso acontece, eles retrocedem contornando o olhar ou afastando-se. Os bebês reservados também reagem lentamente e com quietude à fome e outros incômodos. Isso faz com que os pais tenham dificuldade de saber quando seus bebês têm fome ou quando estão incomodados.

Conselhos para pais de bebês reservados

Os pais de bebês reservados devem ter muita paciência. Esses pais devem tratar de expor seus bebês a novas situações, com mais frequência, mas devem fazê-lo devagar e com calma. Os bebês reservados se adaptam gradualmente às novas situações, mas devem dar-lhes o tempo que necessitem, sem pressões. Os pais devem dar atenção às indicações de agitação dos seus bebês e devem saber quando afastá-los de tais situações quando elas ocorrem.

Temperamento Difícil

Os bebês de temperamento difícil estão quase sempre ocupados em atividades físicas. Os bebês com este tipo de caráter são às vezes muito inquietos, e se distraem facilmente. Os bebês difíceis respondem vigorosamente à fome e a outros incômodos. Seu choro é frequentemente forte e intenso. Às vezes, esses bebês são difíceis de serem consolados quando estão inquietos. Também têm dificuldade de consolar-se a si mesmos. Esses bebês são geralmente de sono leve, e requerem demasiada atenção dos seus pais.

Conselhos para pais de bebês difíceis

Os pais de bebês difíceis, sentem-se com frequência culpados, e acreditam errôneamente que são responsáveis pelo temperamento do seu bebê. Estes sentimentos de culpa podem com frequência causar sentimentos de incompetência e ansiedade. Os pais de bebês que têm temperamento difícil não devem se sentir culpados pelo temperamento dos seus bebês. Em lugar disso, devem se concentrar em proteger seus filhos de situações e eventos que são desagradáveis. A perseverança é muito importante, assim que devem estabelecer e aderir a uma rotina diária. Os pais desses bebês devem tratar de manter a calma e ter muita paciência, e não devem exigir muito dos seus filhos. Esses pais devem saber também que seus bebês não vão ter sempre este tipo de temperamento. Conforme os bebês se aproximam de um ano de idade, as características do temperamento difícil terão diminuído ou desaparecido.

Conclusões

Os pais devem observar seus bebês cuidadosamente para determinar que tipo de temperamento têm. Devem notar os hábitos de comer e dormir, como reagem a situações novas, e sua disposição. Os pais podem dar-se conta que seus bebês podem demonstrar características de uma ou mais categorias. Mesmo quando o temperamento dos seus bebês não possa ser definido facilmente, os pais devem ter em mente que seus bebês são indivíduos. Existe uma grande variedade do que se considera comportamento infantil normal. Os pais não deveriam surpreender-se ou ficarem desiludidos com o temperamento do seu bebê. Em lugar disso, os pais devem aceitar seus filhos tal como são, e aprender com seus gostos e desgostos. Isso ajudará aos pais a desenvolver a melhor relação possível com seus filhos.