domingo, 27 de outubro de 2013

Como orientar os filhos a usarem internet de maneira segura

Saiba como as redes sociais devem ser utilizadas pela garotada e garanta a segurança do seu filho e da Crianças no computador

Converse com seu filho sobre os possíveis riscos que existem na Internet
Foto: Dreamstime
Quando o assunto é  internet, muitos pais não sabem o que fazer. Alguns acham que os filhos estão superseguros quando estão usando o computador em casa. O que é um equívoco: a internet também pode ser uma ferramenta muito perigosa. Os usuários encontram tanto conteúdos bons e educativos, quanto ruins. Além disto, muitos se expõem na rede de forma totalmente inadequada. É muito importante que os pais tenham o controle dos sites que são utilizados pelos filhos para, assim, evitarem situações de riscos.
"O computador assumiu hoje o papel central nos lares, é uma ferramenta essencial para muitas atividades familiares e pessoais. Cada vez mais os computadores familiares dão lugar a computadores pessoais, por isso, é necessário mais esclarecimento de como as mídias sociais podem ser bem utilizadas sem colocar em risco a segurança dos membros da família", afirma Rosângela Melatto, gerente da Intel da área de responsabilidade social para América Latina. Tanto que a empresa lançou seu primeiro projeto dedicado exclusivamente à família, o "Sua Privacidade Online", que disponibiliza por meio do facebook e do twitter informações e dicas de especialistas para a família participar dos canais digitais de forma segura e saudável.
Confira alguns pontos que devem ser considerados:

Perigos encontrados nas redes sociais

As redes sociais, conhecidas como sites de relacionamento, são locais destinados a encontros virtuais, para troca de informações pessoais,  fotos e mensagens. Neles, as pessoas também podem criar grupos de discussão, buscar novos amigos e trocar  conhecimentos. Embora as redes sociais sejam, na maioria das vezes, usadas para a diversão, explique aos seus filhos que estes "locais" online também têm sido utilizados como facilitadores para práticas de diversos comportamentos errados e crimes, entre eles:
Crimes contra honra (bullying): crianças e jovens têm utilizados sites de relacionamento para se manifestarem de forma negativa, criando ou participando de comunidades inadequadas, ofendendo ou, até mesmo incriminando, seus amigos, conhecidos  e professores.
Drogas: muitas pessoas mal intencionadas e até mesmo criminosas se aproveitam destas comunidades para comprarem e venderem drogas.
Pedofilia: os pedófilos estão usando este meio virtual para atrair a confiança de suas vítimas. Para praticar o crime com mais facilidade, eles se apresentam às crianças como se fossem um amigo da mesma idade, com gostos em comum.
Mãe e filha computador
Sempre mostre interesse nas atividades das crianças na internet. Além disto, também participe das redes sociais
Foto: Dreamstime

O que fazer para proteger o seu filho

· Coloque o computador em um ponto comum de passagem, onde o monitor esteja facilmente visível. Ele nunca deve ser colocado no quarto das crianças.
· Faça um acordo com seus filhos sobre o uso da internet para estabelecer regras e horários de uso.
· Use ferramentas de controle parental.
· Mostre interesse nas atividades das crianças na internet. Pergunte o que elas estão fazendo, peça para ver as fotos etc.
· O professor especialista sobre sociedade em rede, Augusto Franco, aconselha os pais a também participarem das redes sociais: "assim como você precisa saber quem são os amigos dos seus filhos e os lugares que eles estão frequentando, é preciso descobrir onde eles estão navegando, o que publicam na internet, com quem coversam..."
· Dê exemplo: cuidando de todo o conteúdo que é consumido nos meios de comunicação por toda a família (televisão, rádio, internet, revistas, livros, etc.) Não assista, por exemplo, um filme com cenas inadequadas para menores de idade quando o seu filho estiver por perto.
· Oriente seus filhos a oferecer o mínimo de informações pessoais nos seus perfis nas mídias sociais. Peça para ele não disponibilizar telefones, endereço, nome da escola etc.
· Explique para o seu filho que ele não pode compartilhar a sua senha.
· Peça para que  aceite como "amigo" apenas pessoas que ele realmente conheça.
· Oriente o seu filho a não colocar fotos inadequadas. As imagens e os vídeos, uma vez publicados, são muito difíceis, se não, impossíveis de serem deletados.
· Conte para as crianças que as pessoas nem sempre são o que dizem ser. Oriente o seu filho a nunca aceitar a se encontrar pessoalmente com uma pessoa que conheceu pela internet
· Diga a criança que ao receber e-mails de pessoas, arquivos ou fotos estranhas o correto é enviar direto para a lata de lixo.
· Cuidado: fique de olho se alguém enviar para seu filho mensagem ou imagens obscenas, imorais ou indecentes. Recomenda - se que comunique estes acontecimentos aos para o órgão responsável pela proteção das crianças ou para a esquadra da Polícia de Segurança Pública mais próxima de sua casa.
· Quando estiver com algum problema ou sentindo algo, oriente seu filho a lhe procurar, mostrando que você é o melhor amigo dele. "Seu filho precisa saber o que você pensa sobre os perigos da internet. Então, converse com ele e não simplesmente o critique", aconselha o médico hebiatra Mauricio de Souza Lima.

O que fazer em caso de incidente digital?

· Os pais devem procurar a Delegacia de Policia mais próxima para registrar um boletim de ocorrência de qualquer crime digital.
· Guarde as imagens da tela (print-screen) do eventual crime ocorrido. Dependendo da situação, o juiz poderá solicitar que seja feita um pericia no equipamento.

· Procure um advogado para lhe orientar sobre o que pode ser feito judicialmentesua família

Fique atenta aos perigos da internet para as crianças

Se seu filho passa o dia pendurado no computador, acompanhe o que ele faz de perto. Uma atitude errada na rede pode ter consequências graves no futuro

Conteúdo ANAMARIA
Lembre-se: uma atitude errada na rede pode ter consequências graves no futuro
Foto:  Dreamstime

internet é uma excelente ferramenta tecnológica, mas, se for usada incorretamente por uma criança ou adolescente, ela traz perigos que às vezes nem um adulto pode prever. Portanto, explique ao seu filho o que é certo (ou errado) fazer para que ele não crie problemas futuros. Além da chance de conhecer pessoas de má índole, crianças e jovens podem aprender a mentir para conseguir o que querem, o que não é nada saudável para a formação de um adulto.
Confira as algumas lições do especialista em eletrônica Alexandre Hashimoto para que ninguém erre.
Publicar fotos íntimas suas ou de familiares em redes sociais
Consequência: fotos da infância (seu filho hoje de pijamas ou sua filha de biquíni) ficam para o resto da vida na internet. Daqui a alguns anos, elas podem ser usadas sem permissão para fins indevidos (como pedofilia, pornografia etc). Isso arranhará a imagem deles e pode até prejudicar a busca de um emprego.
Revelar dados pessoais, como telefone e endereço residencial ou da escola, assim como o horário que estuda
Consequência: pessoas mal-intencionadas podem usar essas dicas para assustar você quando seu filho não estiver em casa. Sabe aqueles trotes que simulam sequestros? Eles ficam muito mais assustadores se a pessoa que estiver ligando tiver informações precisas da vida dele! E aí a família vai ficar apavorada mesmo. Não deixe isso acontecer.
Adicionar pessoas que não conhece nas redes sociais
Consequência: essas pessoas terão acesso a todo tipo de informação (inclusive fotos!) que os jovens colocam, sem ter o vínculo da amizade. Para piorar, elas podem até repassar para outras pessoas dados que deveriam ser mantidos só entre amigos. O perigo é o da exposição exagerada.
Fingir ser uma pessoa que não é, mudar de identidade
Consequência: ninguém jamais pode assumir uma identidade que não é a sua, seja fora ou dentro da internet, de brincadeira. Se algo der errado e seu filho for descoberto, a ação poderá comprometer sua imagem para o resto da vida.
Marcar encontro sem avisar os pais ou ir sozinho
Consequência: atitudes como essa envolvem risco de morte. Não dá para prever quem está do outro lado do computador! Se seu filho quiser conhecer gente nova, você deve acompanhá-lo. E, mesmo assim, há risco enorme.
Não proteger o computador e deixá-lo sem configurações de segurança

Consequência: ignorar esse cuidado com o aparelho facilita a entrada de hackers (lê-se "ráquers". São os criminosos que invadem os computadores alheios). Eles podem usar dados preenchidos na internet para prejudicar a família. Se não souber configurar, peça ajuda a um profissional.
Curtir ou compartilhar qualquer publicação na rede social
Consequência: sem saber que corre esse risco, ele pode contribuir para divulgar notícias mentirosas ou ajudar pessoas mal-intencionadas. Esteja sempre por perto e supervisione as atitudes de seu filho na rede.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Veja dez atitudes para conseguir que seu filho obedeça e descubra se você age corretamente

Prometer um castigo e não cumprir é tão nocivo quanto fazer pequenas trocas na base da chantagem
Prometer um castigo e não cumprir é tão nocivo quanto fazer pequenas trocas na base da chantagem

Falar, mandar e repetir tudo de novo parece chato, mas muitas vezes é fundamental para a educação de uma criança. Não obedecer na primeira vez em que os pais chamam a atenção não significa que o filho está fazendo pirraça –mas é preciso cuidado para que não vire. "O processo de aprendizagem é contínuo e por isso precisa ser revisto sempre. Repetir muitas vezes para que a criança compreenda e execute uma determinada tarefa é comum", explica a psicóloga infantil Jéssica Fogaça.
Isso ocorre porque o processo de memorização se constitui aos poucos. "Iniciamos a fala com balbucios, depois com algumas sílabas para então chegar às palavras e, finalmente, às frases completas. O desenvolvimento humano é um processo repleto de etapas. Partimos das mais simples para as mais complexas",diz a especialista.
Uma coisa de cada vez
Se o filho não obedecer na primeira vez ou depois de tantas outras, o problema pode estar também na forma como a informação foi passada e não em seu conteúdo. Acontece de os pais falarem tanta coisa ao mesmo tempo que as crianças não memorizam tudo na hora. Ser claro e objetivo na solicitação e fazer um pedido apenas por  vez são os primeiros passos para o entendimento.
Desde cedo, as crianças aprendem que pai ou mãe não ficarão repetindo a mesma ordem, mas vão exigir obediência. "Geralmente, chegam aos cinco anos cedendo ao primeiro 'não'. A desobediência ocorre ainda porque este processo de repetição significa para o filho um meio de manter a atenção dos pais voltada para ele, que, em última instância, fica no domínio da situação", diz a psicopedagoga Maria Irene Maluf.
Pode ser que ele esteja fazendo pirraça para chamar a atenção. Se esse for o caso, cuidado: a criança entende que não obedecer vale a pena e que, em algum momento, vai tirar vantagem disso, afinal, os adultos vão se cansar e ela vai fazer o que quer, como um sinal forte de falta de limites.
Nada de barganha
Prometer um castigo e não cumprir é tão nocivo para a educação do filho quanto fazer pequenas trocas na base da chantagem. "É preciso ser coerente na fala e pensar antes de dar a ordem e a consequência de seu não cumprimento. Ceder por insistência das crianças demonstra falta de autoridade e desfavorece as ordens", conta a psicopedagoga Maria Cecília Galelo Nascimento, professora da Unip (Universidade Paulista).

Dar mais liberdade e alternativas para os filhos agirem é bom desde que haja supervisão e que eles saibam que existem consequências boas ou ruins. "As crianças devem entender logo cedo que os pais mandam, têm maior conhecimento das coisas e são responsáveis por tudo o que fizerem. Pais são diferente dos irmãos ou dos amiguinhos", completa Maria Irene Maluf.

LIÇÕES PARA UM FILHO OBEDIENTE


1. Tenha certeza do que fala. Tanto da ordem que passou quanto de sua clareza e entendimento. Explique objetivamente o que espera que seu filho faça e o que pode acontecer se não obedecer.

2. Crianças contrariadas choram. Elas estão começando a viver dentro da realidade, o que nem sempre está de acordo aos seus desejos. Mas frustração, quando adequada à faixa etária, ensina a superar problemas no presente e no futuro, principalmente se os pais estiverem no comando.

3. Evite falar demais. Crianças não precisam de longos discursos sobre as razões pelas quais podem ou não fazer determinadas coisas. Basta falar: resolvi por que é melhor para você.

4. Saiba escutar seu filho. Ao dar a ordem, use de bom senso quando ele tentar negociar e chegar a um acordo. Assim, a criança se vê cumprindo a ordem e os pais ficam satisfeitos e com autoridade.

5. Cuidado com "sim" e "não". Eles devem ser definitivos, combinados entre os pais e longe dos filhos. Nada pior que um dos pais tirar a autoridade do outro.

6. Seja sensato e firme. Demonstre autoridade com uma fala objetiva e com tom de voz firme, porém amigo. Aja com bom senso ao dar uma ordem. De nada adianta pedir algo que está além da capacidade da criança.

7. Fique em alerta com a desobediência frequente. Isso significa que algo está errado e a frustração dos pais muitas vezes se transforma em palavras e modos rudes. Se perceber que vai perder o controle, saia do ambiente que está com a criança e só volte quando estiver seguro do que falar e fazer.

8. Dê atenção e amor. Pergunte para o filho como foi seu dia, como se sentiu na escola. Se algo estiver errado (fez birra com a professora, por exemplo), avise que ele errou e que pode sofrer um castigo por isso. Elogie bons comportamentos com beijos e abraços. Nada de trocar por presentes e promessas de vantagens.

9. Diga "não" quando for preciso. Sempre de forma educada, controlada e segura. Isso não magoa a criança, não tira a liberdade de expressão, de movimentos ou a criatividade, mas a torna mais confiante e forte.

10. Imponha limites. Os filhos não adivinham o que devem fazer e se sentem inseguros se não tiver alguém tomando conta deles, conduzindo seu comportamento nos momentos de novas experiências. Limites são bons para as crianças e para os pais.

Dificuldades em lidar com a criança desobediente.


A formação educacional dos filhos, principalmente no que se refere à questão de seguir regras e limites impostos pelos pais, têm sido alvo de preocupação por grande parte desses, em virtude das crianças de hoje se apresentarem cada vez mais indisciplinadas e difíceis de lidar.

Perante as dificuldades apresentadas, os pais estão sempre em busca da melhor forma de educar, porém surgem dúvidas constantes de como proceder.

Na verdade, a necessidade de ser mais rígido na educação dos filhos está se tornando uma conduta normal em conseqüência dos inúmeros malefícios que a sociedade vem apresentando.

É fundamental que os pais ou os responsáveis pela formação educacional de um indivíduo, em especial a criança, comece a discipliná-la em casa, sendo a escola responsável por acrescentar valores.

Essa é uma questão importante a ser refletida, em função de muitos pais estarem confundindo o papel da escola quanto à educação do filho, muitas vezes invertendo os papéis, até mesmo devido a correria do dia-a-dia em busca de oferecer melhores condições para a família e automaticamente tornando-se ausente no ambiente familiar.

Considerando que nenhuma pessoa é educada de uma hora para outra, sendo a formação educacional um processo contínuo, alguns requisitos são fundamentais, sendo esses colocados com cautela de acordo com a necessidade de cada um:

• OBJETIVOS: ter consciência que as atitudes que serão tomadas serão com a intenção de educar a criança e, conseqüentemente, propiciar uma relação harmoniosa no ambiente familiar.

• CONHECIMENTO: os pais que possuem crianças acima de 2 anos de idade poderão passar por situações nas quais seu filho irá testá-lo e contestá-lo (birra, choro, esperneio, etc.) constantemente, com a intenção de não cumprir o que foi colocado.

• PACIÊNCIA: ponto de partida inicial para ter bons resultados.

• SACRIFÍCIO: ter em mente que educar exige sacrifício por parte de todos que estão envolvidos, mas principalmente de quem assume o papel de educador.

• ACORDO: é obrigatório que os pais estejam de acordo com as decisões e opiniões colocadas, de forma que jamais um retire a autonomia do outro, tirando a autonomia e mudando as regras. Tal conduta evita que a criança venha a confundir qual a melhor forma de agir, bem como perceber diante da incoerência do que é colocado pelos pais (proibições, explicações, regras, permissões...).

• FIRMEZA: a partir do momento que impor algo, deve sustentá-lo, criando o hábito de firmeza, construindo a segurança da criança.

• PERSEVERANÇA: adquirida na relação cotidiana é fundamental para que alcancem bons resultados. 
Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola